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Pela noite dentro

Quando passa aquela hora.
Estás acordada e nada te adormece.
Anseias pelo amanhecer. Pelo despertar de um novo dia em que algo, esperas tu, aconteça.
Colocas os phones e ouves músicas que te estimulam, te fazem recordar, sonhar, sorrir, chorar.
Escreves.
Ninguém precisa de saber. Só tu, papel, caneta e música. Vais balançando a cabeça nas vírgulas, nos pontos finais, de exclamação e interrogação.
Estás só.
Não, não estás. Tens música, caneta e papel. Quiçá nada de importante para outrem, mas profundamente importante para ti.
Não começas com "Era uma vez" ...essas vezes já foram, porém mantêm-se ocnstantes. As brumas da memória não te deixam esquecer quem és nem porque escreves. Escreves. Ponto.
Amanhece e sorris. O sol espreita e faz-te feliz. Não pensas na noite que passou...TIC TAC TIC TAC, o relógio não estaca. Cruel. Imparcial. Frio.
A tua morte não pára o Mundo.
Já morri, no entanto, qual Lázaro, ergui e caminhei...de encontro a nova morte. O renascer é a purificação!
Aquela sensação de leveza, de que conseguiste purgar a alma, é maravilhosa. Não há ansiedade nem falta disto e daquilo. Estás completa.
Demónios e sombras, cinzas e pretos, scarving mental,..., nada te derrubará a partir dessa hora.
Acto de limpeza, esse, pela noite dentro.



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