nunca antes a primavera me havia falado assim tão cruel tão fora de si, desvairada e fria surpreende-me ainda de luvas na mão e chora que nem criança mimada faz birra, atrasa-se ciente das mudanças deste tempo as flores incólumes pesam com a água que pinga pinga e acreditam ainda na possibilidade de sol
Não costumo fazer à pressa uma avenida Sinto, antes, pedra a pedra uma calçada como quem anda sempre entretida. Não costumo beber chá, mas delicio-me com café e adoro pão tostado, de preferência de um só lado. São estes os meus modos verdadeiros os que me fazem andar pelo meu próprio pé. Dou por garantida esta minha estranheza. É isso, sou de mim mesma e nunca deste ou daquele lugar.