Hoje vou desmurmurar sentimentos e peço silêncio que se vai cantar o Amor Sem pestanejar! A noite que se aproxima vejo-a, olhando para trás Mais uma vez foi fechada a porta de mais um dia A azáfama da tarde parou E a avenida parece agora inclinada de tanto que custa a subir ao final de cada dia As ruas, as pessoas que se cruzam connosco, o vento, o calor, o trabalho, o cansaço levo-os comigo, mas engulo tudo. E, quando ao espelho, faço a limpeza da pele, apago tudo. A casa ganha luz! E, agora, encosto o rosto à almofada, faço contas à vida: o Amor, força maior. Era esta a força de que ouvia falar. Falavam as mães desta força quando ainda não era mãe e não percebia. Agora sinto-a! O Amor vem depois de tudo e aguarda-nos no quente de uma casa. O Amor surge em forma de braços que nos envolvem O abraço do nosso filho! Mónica Costa (quadro de Gustave Klimt)
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.