Avançar para o conteúdo principal

Filho!

Hoje vou desmurmurar sentimentos e peço silêncio que se vai cantar o Amor
Sem pestanejar!

A noite que se aproxima vejo-a, olhando para trás
Mais uma vez foi fechada a porta de mais um dia
A azáfama da tarde parou
E a avenida parece agora inclinada de tanto que custa a subir ao final de cada dia
As ruas, as pessoas que se cruzam connosco, o vento, o calor, o trabalho, o cansaço
levo-os comigo, mas engulo tudo.
E, quando ao espelho, faço a limpeza da pele, apago tudo.
A casa ganha luz!
E, agora, encosto o rosto à almofada, faço contas à vida: o Amor, força maior.
Era esta a força de que ouvia falar.
Falavam as mães desta força quando ainda não era mãe e não percebia.
Agora sinto-a!
O Amor vem depois de tudo e aguarda-nos no quente de uma casa.
O Amor surge em forma de braços que nos envolvem
O abraço do nosso filho!

Mónica Costa
(quadro de Gustave Klimt)




Comentários