O formigueiro acumulava sentimentos há muito resguardados numa gaveta poeirenta das memórias... MI espreita, sempre pronto a fustigar a insegurança de Andrómeda... Ela sabe que, perante a nova fornada de Reclusos iria, mais uma vez, passar pelo escrutínio do passado. Enfim, já devia de estar habituada, mas a vida é mesmo assim,...experiências construídas por e com experiências. Dentro do gabinete, olha para o seu cacto e sente-se tão só quanto ele...Não podia esquecer-se de o colocar no parapeito para apanhar um pouco de sol. Propósito que agenda para depois, agora não lhe apetece. Levanta-se, pega na resma de processos (o cartão ainda cheira a novo!) e dirige-se para a Sala da Matilha, nome que interiormente dá à sala onde trabalha com os Reclusos. Passa pelos Colaboradores com indiferença. Hoje não está para grandes afabilidades ... Alguns cumprimentam outros não. "Quero lá saber!"... A Loucura sussurra "Ó moça, assim não vais fazer mais amizades...". Que
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.