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A mostrar mensagens com a etiqueta Helena Goulão

Falemos então de facilitismos, Sr. Costa

"Não é justo que a escola, que é a única esperança de mobilidade social para muitos, em vez de eliminar as assimetrias sociais à entrada, as reproduza ou, por vezes, as acentue." Comecemos, então.  Há aqui uma expressão que ouço muito no meu dia-a-dia profissional. "Não é justo"...  ...pois, deixe que lhe diga que, a massa mais jovem tutelada pelo Sr. Secretário de Estado, à qual o Sr. diz que a escola só pode dar esperança através da mobilidade social, usa este vocabulário quando, por exemplo, lhes refiro que o colega A, devido a dificuldades "diagnosticadas" na alínea tantas do normativo tantos, irá "beneficiar" de uma estratégia de avaliação um pouquito diferente das dos restantes colegas. Esta diferenciação, para si quiça redutora, já vem, por si só, acentuar as assimetrias dentro da minha sala de aula. Sabe, certamente, que a sala de aula é o habitáculo privilegiado da minha profissão, em seu entender espaço onde defraudo os a

Do "ranking" dentro das escolas...

Considerando hilariante a indignação de Nuno Melo sobre o ranking de eurodeputados ( "é uma fraude, uma treta"), redijo esta pequen a exposiçã o. Todos nós, Professores, temos consciência que dentro das escolas, de forma  "natural", a distribuição de serviço está intimamente ligada ao status quo vigente com as suas vicissitudes seculares e hereditárias fossilizadas. Não há "...cidas" que os consiga exterminar! Situação que se agravou com as medidas "pedagógico-funcionais" implementadas pelo Sr. Inominável, assistido pela sua meretriz Srª Inominável, lá para os idos de 2004/2005. Não pretendo, de forma alguma, ser ofensiva ou subversiva. Os "lambúzi@s sorridentes"... ...sorridentes, qual anúncio Colgate, que circulam pelo espaço como Afrodites de linhagem pura. Aparentam competência q.b., mas que nunca sabem de nada a não ser da vida dos outros a qual fazem questão de partilhar com as Entidades Competentes. Os "lambúzi@s sor

Não quero ir para a escola...

Talvez se insira na rábula, bem conhecida, de "...mas tens de ir. És o Professor.", mas, prestes a sair de casa, é o que sinto. Já lá vão os anos em que, acordada antes do despertador, ruminava sobre abordagens fixes das matérias do dia. Hoje, fico com o acordar antes do despertador a pensar "Pombas!...quantos dias é que faltam para o final?". Não significa que me considere pior profissional. Aliás, creio que, cada vez mais, alcanço o patamar de "Excelente Profissional"...sem direito a créditos, como é óbvio! Isso é para os Outros, os que brilham nas fotos de grupo, de sorrisos vitoriosos (não sei bem do quê) e glamorosos, à Colgate, nova pasta anti-corrosão. Excelência por ainda andar por cá! Bem, poderia mudar de vida, poderia, ...mas isso seria admitir a vitória do "sistema" e a derrota do caminho percorrido. Assim, encorajada por cliches bonitos e de inspiração q.b., lá vou desempenhando as tarefas, sim virei tarefeira, consignadas no hor

Um tempo pelo 102º

Ontem o tempo fez eco no meu cérebro. Condensado. Atrofiado. Indeciso e, sobretudo, nublado e pesado. O dia começara cedo, como sempre. As horas foram passando, entre "Stôra, o que vamos dar hoje?", "O X está a faltar. Magoou-se em EF!", "Diga lá, vai sentir saudades nossas, não é?", ...tudo preceitos e novidades que a miudagem considera pertinente, e de importância tipo vida ou morte. O tempo arrasta-se e chega a hora daquela turma, difícil e de humores voláteis, em que a tua resistência é testada. Não sei se há limite ou se tenho limites...Limito-me a entrar em piloto automático, esperançada que a experiência condicione a reacção correcta, no momento certo. Há muito que confio neste meu GPS. Poderão pensar que parei no tempo. Pois bem, não creio que assim seja. Fui refinando posturas e abordagens...afinal a miudagem continua a Vox Populi de gerações de progenitores que me passaram pelas mãos. Vivem dramas que, apesar de mudam-se os tempos , não muda