Coisas&Stuff

nada de nada não me arrependo de nada nem do mal que fiz nem do bem nada de nada não me arrependo de nada tudo ficou guardado qual pedra preciosa que faz parte de mim é o meu fogo as minhas desgraças e prazeres nada de nada  e já de pouco preciso parto novamente do zero as minhas alegrias recomeçam hoje comigo

Os amigos estendem a toalha sobre a mesa e, sobre esta, pousam, no lugar dos copos, no lugar do pão e do vinho, o coração. Para que te sirvas de afectos. São ancoradouro para barcos cansados, os amigos. Depósitos de mágoas - os amigos. São eternos adolescentes rebeldes – os amigos -, que ouvem, nostálgicos, os álbuns dos Pink Floyd e cantam repetidamente Wish you were here, esquecidos da passagem do tempo e das modas. (texto de Luísa Félix)

se subires ao cimo de mim, diz-me o que vês costumo ser valente e valer por dois e conheço perfeitamente a solidão mas se te apoiares nos meus ombros vais ver que valemos por mil sobes ao cimo de mim e o que vês? somos um só em tamanho gigante.

sigo os passos dos pássaros que voam alto Tu sabes. contemplo o sol no céu que brilha tanto Tu sabes. é esta a minha espécie de oração, a minha forma de fé Tu sabes. deixei que me transformassem em brisa e as manhãs…. Oh! as manhãs… Tu sabes. é sempre um novo dia é uma nova vida e estou a sentir-me bem  sou quase peixe de mar refiz-me rio que corre livre admiro as flores e as folhas das árvores Tu sabes. vigio as libélulas ao Sol Tu sabes. é esta a minha visão da vida divirto-me com as borboletas inquietas e durmo em paz quando o dia termina é este o velho mundo novo um mundo corajoso para mim e vejo estrelas quando brilhas porque brilho Tu sabes. Ah, a liberdade é minha! é assim que eu sinto é um novo amanhecer é um novo dia é o fazer de novo  é o fazer melhor todos os dias. Tu sabes. (o título deste texto é de Amalia Bautista e o corpo é a interpretação da letra da música de Nina Simone, Feeling good)

Como vives agora? - perguntar-me-ias. Danço tal e qual como me ensinaste. Sempre fui boa a colher boas lições.

há um cuidado que traças há leves toques que assanhas na polpa dos meus dedos e há um pedido que anuncias: guarda o meu nome só para ti sou daqui, não preciso que partas!

De manhã é frio o vento, mas, se lhe deres uma segunda oportunidade, verás que traz pão quente.  De côdea tão estaladiça como se fosse inteira a manhã cheia de sol.  Sim, ela veio de longe.  Tem a força, honestidade e sensatez suficientes para exibir os cabelos ao vento logo pela manhã.  Frios e selvagens como este vento, mas traz as mãos quentes que afagam este pão a fumegar.  Tão dourado como se fosse o próprio sol.  Portanto, não queiras dar nome feio às coisas belas que estão à espera de um recomeço. (interpretação da música «beautiful» Marillion)

três frágeis pássaros pequenitos seguidos em linha reta amparados uns pelos outros as cabecinhas alinhadas o coração pesado, ritmado quase colado ao chão mas os olhos postos no céu ao primeiro impulso de arrojo tremerá todo o céu que os agiganta

Somos de certeza por vezes emudecidos sombriamente calados e a falta dessas palavras é compreensível há algo muitas vezes que não deve ser pronunciado mas há outras, outras tantas que se resolvem discutindo gritando    ( the things left unsaid, Pink Floyd)

da lei do mais forte da lei da competição fica o fraco à sua sorte a forma natural de seleção é simples e evidente nada mais há a declarar vence o mais experiente e à força da experiência assisto à dança dos fortes (reinterpretação de « The winner takes it all» ABBA)