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Apanhar um “pifo”

Apanhar um “pifo”...
...não é leitura para puritanos e crentes da imaculada imagem do Ser.
Posto isto, que bem sabe, que bom é, de vez em quando, apanhar um “pifo”.
Uma tainada com os amig@s, conversas do “Lembras-te?” ou, mais sério, “O que achas de ?”, jogos, risotas, com o copo que vai sendo reforçado por mãos que deixaste de contar.
Chega a altura em que a conversa séria já não tem importância (ou tem, dependendo da perspectiva), os jogos viraram mímicas, as recordações passam a hilariantes devaneios.
As expressões são de boa disposição (exceptuando os que persistem nas “conversas sérias”) e algumas faces apresentam as características rosetas do tintinho bem destilado.
Depois vem a sobremesa, as ditas espirituosas, e no ambiente não há lugar para tristezas. Já tudo serve para fantasiar parábolas, inventar e inverter anedotas, treinar os músculos faciais e abdominais… É pura energia!
O “pifo” define-se quando já não tens um pensamento claro e objectivo, nem com tal te importas. O que é justo! É o sacudir da justificação accional, da responsabilidade, da aparência social do dia-a-dia. Entre amig@s, com uns bons copos e conversa, apanhar um “pifo” é uma bênção de Baco.

Obrigada, Mig@s!


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