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Canhonha Quiridu

Entrei numa sala cheia de sorrisos, conversa animada e boa disposição.
Era o início de um novo ano lectivo.
Nada a estranhar, há anos que ando nesta vida. Ano novo, escola nova. Tudo novo.
No meio dos Teacher, e após focar o olhar, o reconhecimento..."Oi! Este ano também estás por aqui?"
Aí vem a reunião geral, onde retiro as minhas impressões momentâneas do "quem" e do "como".
De volta à Sala de Professores continuo a conversa com quem reconheço.
É neste ambiente que uma personagem se aproxima.
Calças de tecido escuro e bolsos laterais, blusa e blazer a condizer. Cara fechada, olhar directo e sombrio. Cabelo escuro, em harmonia com a roupagem. A única claridade é a dos olhos: verdes!
"Ouve lá, tu és irmã da Sassi?"...a forma abrupta da pergunta incomoda-me e não me faz gostar da persona.
Saio com a convicção de que será uma "das" que não me irão interessar por aí além.
Nada de mais errado.
Com o correr dos dias,a Quiridu, cognome imediato atribuído (tenho essa mania, sei lá!), revela-se um ser com muito sentido de humor, generosa, prestável e, quem diria, amiga.
Foram anos de uma relação que transcendeu o profissional.
Só havia um senão: a moça era, é, de "ventos de alto mar"! O barco ora estava parado e era tudo inútil, ineficaz, insatisfatório,..., ora velejava a 300km/h, em que ninguém parava a Quiridu. Eram ideias, era alegria, eram risadas e piadas de momento que animavam quem estivesse desolado.

Foi uma das "tais" situações em que a primeira impressão se revela errada. Em que uma hipotética não-relação, se transformou numa amizade de loucos e que dura, dura, dura.
Grata à vida por ter conhecido a minha Canhonha Quiridu!




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