Há um edifício imponente, três portas fechadas, de janelas esguias. É um edifício antigo, com boa reputação, habituado durante muito tempo a grandes movimentos. Fica bem no centro da cidade e, todos os dias, eu passava por ele. Por dentro, estava sempre cheio e, por fora, mais cheio ainda. Grande azáfama rodeava este edifício! Hoje está cinzento! Está a vida em suspenso. E há apenas dois rostos por aqui. Os dois rostos que aparecem, andam carregados que nem estas nuvens que prometem chuva. E os ramos das árvores parecem pontos de interrogação acompanhados de pontos de exclamação e vêm aos pares, mas sozinhos, cada um na sua, sem saber o que pontuar daqui para a frente. Um dos rostos está de frente para uma árvore e o outro tenta acompanhar-lhe o movimento lento que combina com o marulhar das folhas e com a música dos pássaros que têm conquistado o devido destaque nestes tempos. Nunca ouvi tanto chilrear! Os pássaros, ao contrário de nós, nunca confraternizaram tanto. E, neste jard...
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.