Ir até ao mar por becos e ruas por asfaltar
seguir em frente e anotar quase todos os números
das portas para ver que o que a conta dá.
Virar à direita conforme dita o trajeto mais longo
e continuar.
E lá ao fundo, por entre duas paredes brancas
três árvores vergadas. Daquelas que se acendem
à primeira luz, mesmo em dias de tempestade.
E é neste preciso momento que o antevês.
Estás quase lá. É continuar.
Segues em frente, divides a larga estrada em duas.
Avanças. Abre-se o peito.
E lá está o mar. Imperioso!
É este caminhar para ti que me faz andar.
( o título é de Nuno Júdice)
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