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E pesado, assim, ando inclinado como uma árvore

 Perguntei -lhe: 

- O que guardas?

E respondeu:

o que me atormenta e o que atordoa

o que atenta e me alenta, o que soa

o que me fascina e o que ensina

o que me levanta e o que ressoa

em mim vives e vibras e ficas

com o mais comovente como a alegria, pura e espontânea,

o mais subtil como a atenção

e a partilha,

e o mais precioso como a companhia

a tua mão, a tua mão 

eu que sou poema guardo

em mim,  há o sal e a água

mais aquilo que se esgota

há também o sol e o pão 

mais o caminho que se gosta






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