Vou sentada adivinhando as histórias que cada um encerrará dentro do seu peito, do que os lábios nunca disseram, mas que os olhos deixam escapar. Um mínimo que se exalta por vezes faz-nos exaltar o mínimo em nós que reparamos nele. E agora mesmo me presto eu a este ensaio de adivinhação para o outro que se fixou em mim. E quase que adivinho que vai sentado, procurando também nos meus olhos o que deixo escapar. É esta a humanidade – a capacidade de nos olharmos uns aos outros, cada um com a luz que desenha a sua sombra.
Em todos os casos, vai crescendo o enigma.
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