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Quando a Tristeza Bate

Quando a tristeza bate, o coração aperta e a mente fecha-se.
Aperta. Aperta...de tal forma que o ar se esvai e o coração se esgrime em sangue.
A alma embate, qual borboleta desnorteada, nos acutilantes recortes da mente que, sem dó, rasgam sonhos e deleites.
O Bem não tem assento, nem ascendente. O Mal flameja e o cheiro a carne queimada, empesta os ares, qual imagem infernal.
As lágrimas são secas, não!,  húmidas, não sei bem...Se secas forem, maior a dor, por correrem em rios invisíveis. Se húmidas se apressam, esgotam a tristeza sentida, pois as mãos amparam a dor derretida.
O frio alastra-se e cobre o calor da felicidade.
A melancolia amortece o movimento e a inércia, com hálito bafiento, sussurra "Hoje não é o teu dia..."
Os demónios assolam  todo o ser, alimentando-se das angústias, padecimentos, agonias,..., que transforma em tortura dilacerante.
As mãos rasgam as vestes, exorcizando as maleitas que, teimam em magoar o que já frágil se aponta.
O olhar perde-se, fixando a teia de memórias que já lá vão, mas que estão.
Quando a tristeza bate, refugia-te.
Enrosca-te no covil, lambe as feridas e cura a dor.
"Hoje não é o teu dia...", mas amanhã será outro dia!
In memorium das almas inquietas.






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