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Quando o despertador toca

O despertador é um instrumento inútil ou infernal.
Inútil, quando se acorda antes dele tocar.
Infernal, quando se acorda com ele a tocar.

Por norma, acordo antes do despertador tocar.
São noites em alerta, sempre à espera que a hora de levantar chegue ou então situações de "despertador interior", tornando o mesmo dispensável. Mas pelo sim, pelo não...a malta compra um..ou dois. Depende do grau de toco-dependência de cada qual.
O levantar é smood e tranquilamente cronometrado ...

Quando acordo com o despertador, é uma violência e o prognóstico do dia é escuro.
Em plena profundeza do sub e inconsciente, nas novelas de guião personalizado, o estrondo (por mais melódico que seja, é sempre uma bomba!!) faz-me saltar e...e...e..."Onde estou? O que se passa? Que dia é hoje?...". É um absurdo de emoções e de interrogações logo pela manhã, questionando a minha existência.
É nessas matinas que a escova de dentes é um berbequim furioso, a água um oceano turbulento, a toalha um esfregão de aço, o chuveiro um granizado, ...enfim, tudo se amplia em sensações. Correr e despachar...palavras que estão em proporção ao ódio sentido pelo despertador.
São alturas de ter mocas ao lado da cama, tentando acertar no maléfico ser que, coitado, simplesmente desempenha a sua função.
Alturas de maledicência de mais um dia, de trabalho, de responsabilidades e afins. Coisas de adultos!

Ainda nunca esmaguei nenhum!
Amaldiçoei, sim.
Creio ser um dos instrumentos mais incomodativos para o Homem, he,he...mas também um dos mais necessários.
Já pensaram bem o que seria a vossa vida sem ele?
Assim, proponho o Dia Mundial do Despertador!




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