Lembra-se bem da magia que encerrava a ideia de, há uns largos anos, ver as gentes a fazer as malas para irem de férias. E se topasse que seriam férias para destinos longínquos e num período que excedia os dez dias, a sua capacidade imaginativa permitia criar imediatamente cenários extraordinariamente paradisíacos porque nunca constatados in loco . Sempre os supôs magníficos nas vidas dos outros. Via essa gente partir de férias e era como se, à maneira moderna, um like gigantesco lhes abrilhantasse a partida. Já em idade adulta, e numa fase de já completa resignação pela condição de turista de garrafão habituada a imaginar os destinos paradisíacos dos outros, sucedeu algo muito curioso. Uma oportunidade única, uma qualquer campanha ou louco desafio publicitário de uma qualquer agência de viagens que decidiu propor o seguinte. Um anúncio desestabilizador, provocante: férias numa ilha paradisíaca com tudo pago durante dezoito dias. Praia de águas cristalinas e areia branquíssima, cab
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.