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mãos ao alto!

Vou-te dizer que estou quieta e rendida nesta noite que é lugar de paixão
lugar - escrita de espontânea combustão
Tu, lua, que me vês daí alto tiroteio e apontas a tua arma de luz e ameaças
Vou-te dizer - eu estou de mãos ao alto e frágil neste alpendre
que é lençol de silêncio e restinho de suavidade doce amparo
Não sei se me vale de muito, mas é o único momento de contabilidade segura
e faço balanços não de braços cruzados ou mãos nos bolsos
eu estou de mangas arregaçadas e de frente para esta rua
fui eu que a escolhi e onde tu te vieste encostar
Vou-te dizer, lua feiticeira, estou quieta e nua -
de nada vale a tua prepotência
eu me rendo coração batendo…

Mónica Costa




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