A minha avó numa qualquer janela a acenar-me lá de cima, recomendando-me cuidados. Ora esta! Foi um sonho desconcertante o que tive! Ela que nunca me considerou a neta preferida, em vida, demonstrava preocupação, agora depois de morta, por eu seguir ligeira pela rua fora. Ainda por cima uma rua larga e bem iluminada! Uma rua que não inspira cuidados! Ao que chega a hipocrisia! E, ao mesmo tempo que a sua voz estalava no silêncio da rua, reclamando cuidados, um sino marcava as seis da tarde. E havia um raio de luz que ía ensombrando aquele dia. Ora, como eu sempre adorei os finais de tarde e seguia por uma rua segura, ignorei as recomendações da mulher que espreitava naquela janela! E lembrava-me dos dias inconscientes onde me estirava no chão do quintal da minha avó. Depois de um dia de brincadeiras, ficar ali esparramada junto das avelãzeiras, a ouvir os passarinhos nas árvores, era do melhor que podia existir para alimentar uma criança daquela idade! Tinha a mesma magia e sabor d
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.