Flor não é nome meu. Flor é o meu ser. Bela, vermelho acetinado, qual gota de sangue. Ao anoitecer, aconchego-me numa concha intimista, quente e envolvente. Ao amanhecer, desabrocho ao sabor do sol, embriagada pela carícia suave de lábios etéreos. Um sopro leve e danço ao som de colibris multicoloridos. Flor não é nome meu. Flor é o meu ser. Espreguiço-me, bamboleando nas gotas de água pura que me banham o ser. Vivo, abraçando toda a seiva que me percorre as veias. Sou bela, vermelho acetinado. Flor não é nome meu. Flor é o meu ser. Murcho, num ciclo que termina. As pétalas vão caindo, caindo, caindo,... Sei que vivi em pleno. Parto para o jardim de flores. Jardim de encontros e reencontros. Flor foi o meu ser. Helena Goulão
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.