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Mensagens

Elogio da Loucura

Dizem que a primeira impressão que causamos é importante! Pois vou-vos contar uma história. A do meu encontro imediato de terceiro grau com a personagem Helena. Este nome, dizem, deriva etimologicamente do grego e significa «resplandecente, tocha». Ah! Ah! Ah! O primeiro contacto foi abrupto, distante, enigmático: ela olhava para todos com ar de quem dominava o plantel (para mim, nem olhava!), tinha pose de professora «sabe tudo», «consegue tudo», «muda tudo». Rosto superprofissional, olhos de águia, atentos, perscrutadores. Cabelo rebelde, brincos estonteantes, roupa colorida! Pensei: « Vai-se dar mal! Vai-se dar mal aqui! Quero-a distante, para complicadinhos, já bastam os que conheci até agora!». Pelo que já averiguei, ela pensou que eu seria sombria, séria demais! Estava tudo delineado para que houvesse combate. O ringue estava montado: eu era dali   há alguns anos, até já tinha comprado luvas de boxe, aprendi a ser resistente, conseguia argumentar e contra-argumentar (de f

Canhonha Quiridu

Entrei numa sala cheia de sorrisos, conversa animada e boa disposição. Era o início de um novo ano lectivo. Nada a estranhar, há anos que ando nesta vida. Ano novo, escola nova. Tudo novo. No meio dos Teacher , e após focar o olhar, o reconhecimento..."Oi! Este ano também estás por aqui?" Aí vem a reunião geral, onde retiro as minhas impressões momentâneas do "quem" e do "como". De volta à Sala de Professores continuo a conversa com quem reconheço. É neste ambiente que uma personagem se aproxima. Calças de tecido escuro e bolsos laterais, blusa e blazer a condizer. Cara fechada, olhar directo e sombrio. Cabelo escuro, em harmonia com a roupagem. A única claridade é a dos olhos: verdes! "Ouve lá, tu és irmã da Sassi?"...a forma abrupta da pergunta incomoda-me e não me faz gostar da persona . Saio com a convicção de que será uma "das" que não me irão interessar por aí além. Nada de mais errado. Com o correr dos dias,a Quiridu,

E se...

...não fosse o que sou? ...fosse outrem que não eu? ...outrem fosse eu? A interrogação assola-me de quando em vez, sem aviso prévio, sem razão de porquê. Podem chamar-lhe "dúvida existencilaista", não sei, prefiro designá-la de awakening . Momentos que se abatem sobre mim, uma certa consciencialização, um momento só, mas profundo, racional e, sim também, emocional. E se não fosse o que sou? Qui sapit forreta, mesquinha, invejosa com dom de mau-olhado. Boneca de porcelana, esmerada, de pele alva e aparência impac . E se fosse outrem que não eu? Seria triste, enfadonha e, quiçá, feliz. E se outrem fosse eu? Não te metas nisso! Sou o que sou, fruto de vivências, de emoções, de paixões, de desafios, de parvoíces e impulsividades. Colhi, e colho, todas as sementes que semeei. Talvez sim, talvez, não...serei sempre eu, não outrem, nem outrem será eu.

"Mach es wie die Sonnenuhr..."

...und zähl de heiteren Stunden nur" Provérbio alemão que, com uma tradução ligeira, te aconselha a funcionar como um Relógio de Sol. Sol que é sinónimo de claridade, alegria, boa disposição, bronzeador e vitamina D!...ou seja, recorda somente as coisas boas da vida. As do passado e as do presente. É uma fórmula antiga, e intemporal, para o bem-estar pessoal. Os provérbios dispensam a consulta no psicólogo ou no psiquiatra. A introspecção e reflexão, feita sem scarving psicológico , produzem a cura dos males que te condicionam. São elas que te fazem seguir em frente, encarar obstáculos como desfios, descobrir potenciais que, por vezes, desconheces que possuis. Portanto, só aspectos positivos...e é assim que o Relógio de Sol funciona. Muitas vezes é difícil encontrar o Sol no meio da escuridão...mas, se te concentrares, ele surgirá. Primeiro pequenino (a famosa "luz ao fundo do túnel"), depois em crescendo até atingir a plenitude. Nessa altura, se tirares uma selfie

Sindicatos, NÃO!

Vou usar a palavra vulgarizada nestes últimos tempos, assédio. O discurso não será anti-sindical, já fui delegada sindical e honro a ideologia na qual assenta. A Marcha dos Indignados a 8 de Março de 2008, foi, para mim, um marco. Um marco de bandeiras brancas, vestimentas multicoloridas e de faxas etárias várias. Foi glorioso! ... The Day After ...os dias que se seguiram foram uma tristeza, uma desilusão, uma afronta! Dessindicalizei-me. Estes mesmos sindicatos, que m@rda fizeram então, estão a fazê-la novamente. Quiçá os interesses corporativos, perdão, micro- corporativos, estejam balizados e formatados para agrado de uma mão cheia de privilegiados sindicais (ou sindicalistas?). É triste ver repetir sempre as mesmas asneiras...mesmo quando lhes é dado apoio massivo. Apoios que são, a posteriori , defraudados. Os sindicatos não PODEM andar de mãos, braços, bigodes, bochechas, (a)braços dados com o Poder Político. É crime de lesa majestade!...uma facada nas entranhas daqueles

História da Cultura e das Artes

Esta é uma temática que provoca uma dualidade de sentimentos... A disciplina veio "parar-me" às mãos, por mais ninguém no grupo disciplinar de História estar interessado. Bom critério de atribuição de serviço, certo?! Ao receber a notícia, entrei em pânico...Arte? ARTE? Por favor! Uma área na qual eu colocava sempre um clipzinho  para avançar em matérias mais "interessantes". Não pensem que os alunos ficavam "prejudicados", não. A aversão à área tem uma boa explicação... Era uma vez uma estudante universitária de Arqueologia. Ela gostava da dinâmica de campo e adorava as práticas arqueológicas. Para sua grande infelicidade, o curso assumia, obrigatoriamente, cadeiras de opção. Num dos anos optou por por História da Arte... Que desastre! Não que ela não mostrasse abertura à cadeira, afinal arte é uma das primeiras expressões do ser humano. O problema residiu no prof (aqui temos um bom exemplo de como um professor pode, ou não, ser fundamental no futuro

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Bom dia. Temos uma pequena ferramenta na lateral esquerda, para vocês nos poderem auxiliar com acções de melhoramentos na página. Agradecemos qualquer contributo que nos queiras dar. Obrigada!

Hino de orgulho e vaidade

Não me envergonho do título. Dizem que são palavras de soberba, arrogância, pedantismo, pesporrência,... Quero lá saber! No contexto, em desenho, são the best ! Enchem e preenchem-me a alma quando considero que a minha vida não é lá "grande coisa". Quando penso que vou passar pelo Mundo sem ter alcançado grandes, vá nem pequenos, feitos. Por isso as uso como self-enhancement . Dá-me alegria quando estou à procura da razão de existência. Treina os músculos faciais quando sorrio, rio, acolho a gargalhada, por algo que diz ou faz. Acalma a turbulência frequente das emoções descontroladas que me assolam. É meu tudo, meu bem, minha jóia, meu tesouro. Estas palavras dizem respeito à semente que lego à Humanidade. Preguiçosa, respondona, irritante, desesperante,... ...mas, igualmente, bela, inteligente, crítica. Não é boneca nem princesa. É cardo e rosa perfumada. Irrequieta e curiosa. Orgulho no ser humano em que se está a transformar. Vaidade por, desculpem lá a imo

Possuída a ouvir a M80

Estou arreliada. As banalidades com que somos presenteados nos media, no mercado do bairro, nas ruas, nas salas de professores e afins, dão-me cabo do juízo. Os temas que, neste momento me chateiam mais são, sem qualquer ordem em especial, os assédios, a educação física, a corrupção, as triquices do futebol e do PSD, e...Sei lá, há para todos os gostos e cusquice! Fico a pensar se a nóia é minha. Há assuntos que, de facto, me preocupam e afectam. P. ex., não sei, a 100%, se vai haver concurso extraordinário interno 2018/2019 e em que moldes se executará. Algo que será decisivo para os próximos anos da minha vida e dos que me rodeiam. Não sei se o Tribunal irá decidir favoravelmente na Luta que travo com o Patrão. A nossa justiça é, e passo o clichê, leeennnnttttaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Decisão que também será decisiva na minha vivência. Não sei porque é que a hipocrisia dos "sorrisos pepsodent" me irrita, de tal forma que sou assaltada por imagens de extrema violência