Cada um com a sua sentença. Era isso que os meus olhos carregavam naquele dia, com toda a certeza. Era isso que eu enxergava nos olhos dos outros que se cruzavam comigo. Talvez se o dia desse em rentável… talvez pudesse pensar: cada um na sua alegria! Mas, realmente, tinham sido dias difíceis e a palavra que me ocorria, quase sempre, talvez da forma mais injusta, era sentença. Palavra triste, pesada, escura, implacável. E foi neste estado que decidi circular. Escolhi de propósito uma rua calma, verde e silenciosa. Podia ser que a natureza me sorrisse e me dissesse: cada um com a sua alegria! Bem, de repente, avisto um magnífico quintal. Daqueles quintais que não são hortas nem jardins. São quadrados de terra caseira e intimista onde se cruzam couve galega com rosas ou se alinham carreiros de alfaces com canteiros de jarros. Lá ao fundo um tanque tosco de pedra que exibia claros sinais de abandono e que, já há muito, não via água nem sabão. E qual ponto luminoso, no meio do qu...
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.