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Uma princesa não fuma e um príncipe não se peida

Foi a frase que me veio à cabeça ao ler a manchete de um artigo online, cujo conteúdo não li.
Com um título assim, a abóbora que vira carruagem puxada por cavalos lustrosos, perde a graça do imaginário infantil.
A Gata Borralheira inalava o fumo das lareiras que acendia e a poeira das porcarias que limpava.
O príncipe charmoso, tinha um lacaio que lhe limpava o nobre traseiro com paninhos embebidos em águas perfumadas.
Não há nada de romântico na história.
Lamento destruir uma das histórias mais rosinhas contadas às meninas pequeninas. Crescem com a crença de que assim e assado é ser donzela e que um príncipe será o seu futuro…até que a vida lhes mostra que nem tudo é rosa. Que as rosas têm espinhos!
Há as que aprendem a podar os espinhos e as que ficam com o espinho em gangrena…e lá se vai a história da princesa.
As princesas não fumam e os príncipes não se peidam.

Não existem princesas nem príncipes de novelas. Existem seres humanos que fazem escolhas e que assumem, têm de assumir, as escolhas que fazem. Ponto.

http://medicineisart.blogspot.com/2011/01/doenca-de-paget-na-pintura-de-metsys.html

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