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Desafios

“Não consegues!”
Este é o motor que move montanhas. Não consegues, o tanas!
Perante afirmação tão peremptória, todas as energias se canalizam para provar o contrário.
O coração acelera para velocidades máximas.
O cérebro explode em estratégias de nano segundos.
Os pulmões refrescam a máquina qual fonte de juventude.
Operacional a 100%.
Não consegues, o tanas!
Se soubessem o quão estimulante é ouvir sentença tão blasé e complacente. Dizem-no com o intuito da derrota, da humilhação, da destruição. O desdenho que esconde a sua própria impotência, angústia e medos(s).
É sempre mais confortável, fácil, projectar nos outros as suas inseguranças. Não são necessárias muitas palavras ou gestos. O intuito é magoar, pisar,…, baixar ao seu nível. Quão elevada mesquinhez.
Não consegues, o tanas!
Lufada de ar fresco. Sorriso energético de bomba relógio de alguém que espera pelo desafio. Tudo se consegue. Tudo se é possível. Tudo se alcança.
A máquina não é perfeita, mas está bem oleada. Uns ajustes aqui e acolá. Afinar embraiagem e afins. Lavar a carroçaria, pois para o desafio o brio também é destaque, e puxar o lustre até brilhar.
De cabeça erguida, lança-se na aventura. Saltam-se obstáculos. Contornam-se os que não se saltam. Inova-se e somam-se vitórias.
Os sorrisos de uns apagam-se enquanto os de outros resplandecem. A meta final é cortada com a sensação de missão cumprida.
A máquina vencera…mais uma vez.

Não consegues, o tanas!

Umberto Boccioni, Elasticità, 1912 olio su tela, 100x100 cm Milano, Museo del Novecento, Collezione Jucker
https://www.tgtourism.tv/2016/04/boccioni-il-maestro-del-futurismo-in-mostra-a-milano-13874/

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