Sorriso largo. Esperança no futuro. Boa onda. Alguém acredita. Está alegremente convicta. Um estado construído (mesmo pensando que não) à custa de alguns suores e lágrimas. Caminho que se vai construindo caminhando, angústia em cada tentativa, orgulho em cada pequena conquista. Processo lento e paciente que enche cada dia de novo fôlego, alimentando a sensação de que, ainda que sob a forma de migalha, se contribui para a melhoria do mundo. E assim se vai sendo feliz. E depois há sempre o outro. O que ali está sempre tão sério, à cabeceira da mesa, queixo apoiado em mãos moles, olhar mortiço, de suor no rosto, apenas por causa do calor que faz nesta sala. E pensa «Tomara eu ter a tua energia!», mas, ao invés do reforço positivo e humildade necessária capaz de dizer «Ainda bem que existem pessoas como tu para que outros, como eu, possam estar parados e sossegados neste olhar mortiço.», dispara com todas as balas de que dispõe: «És uma optimista!» como quem diz «És uma ingénua!». E
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.