Muitas vezes me interrogo o que leva as gentes a ansiar por protagonismo
imediato, efémero, nímio.
Várias possibilidades me ocorrem…
A inépcia com que nascem e que as leva a trepara por aí, ali, acolá
num frenesim tonto e sorriso lerdo como se não houvesse amanhã. Estrebucham
semiescamente e lambuzam bovinamente outrem que lhes aparente consignar
benefícios.
A ausência de beleza estereotipada das sociedades actuais qua as fazem
refugiar-se numa ânsia vingadora de que o poder é belo. Para isso se envolvem
numa cápsula de pseudo-grandeza de nariz empinado e apinocado, com gola de
camisa engomada mas amarelada.
O verdadeiro prazer em dominar, pisar o palco da fama por, sem ela,
não serem “alguém”. A fama acarreta exposição pública, dinheiro, posição
social, amigos,…Um alguém fátuo, momentaneamente satisfatório, muito
satisfatório!
Poucos serão as gentes que têm o protagonismo de mérito. Aquele que
perdurará, será recordado e honrado.
Na sociedade actual é mais fácil, mais simples, fazer parte das gentes
primeiras. Daquelas que vemos diariamente, quiçá ao nosso lado, mas certamente
num boletim informativo perto de si. Questiono o seu real contributo para a
História da Humanidade…perdão, figurarão na secção de invertebrados que, génios
do nada, em que o nada muito mal perfez, tiveram os seus 15 minutos de fama.
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