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Lugar da Amizade

Este blog é um lugar arquitetado para o desabafo e para o desanuviar. Era, inicialmente, sala vazia. 
De rompante, a Helena escancarou a porta desta sala e fez entrar as Marias (para quem não sabe, são seis mulheres espetaculares e profundas, todas diferentes, uma equipa fabulosa, núcleo duro). Por si só, elas encheram a sala. 
Depois, em jeito tempestivo, a Helena agarrou na sua mochila e iniciou viagem, sempre em linha reta em forma de folhetins de Andrómeda e Kindergarten, buscou uma companheira de caminhada que veio espreitar em jeito de crónicas de viagens. Mais pessoas foram entrando e deambulavam e cruzavam cenários e experiências, umas já sentadas confortavelmente no sofá, outras espreitando e fugindo. Umas quantas foram ficando.
Surge um convite. A matrona faz-me um convite: «E se tu também contribuísses para a decoração desta sala com os teus desabafos em vez de, simplesmente, estares aí sentada nesse sofá?». Eu?!! Não sei escrever textos bons! E a Helena reage: « Não precisa de ser bom, precisa de ser teu. Para ficares, tens de ser tu! Só isso». Só isso?!!! Como se isso fosse pouco! Isso é tudo! Lá estava ela, Helena, a matrona do tudo ou nada!!
Optei. Tudo! Bora lá! Dou tudo e entro e, em espírito de partilha, entro em abraços de metros e metros. Trago comigo pessoas que vêm, por acréscimo, penduradas nesse abraço. Chegamos todos e sentamo-nos nesta sala. Tem sido convívio maravilhoso, tudo ao molho e fé em nós próprios, mar de alegrias e de abatimentos.
Este blog é lugar aprazível, cada vez mais confortável a quem entra e a quem está. É já um conjunto de pessoas que vibram, descansam, relaxam e divertem-se. 
A Helena, com o seu espírito altruísta, tem-me deixado brilhar um bocadinho e vai-me dizendo, de quando em vez, «Vai, Mónica, vai na frente, corta caminho!».
Este blog é o lugar da amizade. A Helena é a razão, eu o coração. A Helena é a implacável, eu o meio-termo. A Helena é garra, eu sou onda. Ela é o faz-se até ao fim, eu sou a vai andando. E entre nós sempre a amizade, venha o que vier.

Mónica Costa




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