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Oiço a tua voz, dizia, e, dentro de mim

Oiço a tua voz - reconhecê-la-ia

ainda que, subitamente, falasses

outra língua...


Oiço a tua voz, dizia, e, dentro de mim,

um vulcão ameaça entrar em erupção

para, de seguida, se desfazer num rio de lava.

Oiço-a e, por instantes, sou pássaro

em sinuoso voo,

sou margem venturosa de um rio que,

por descuido, extravasa o leito.


Sonho-a e, nos meus sonhos, a tua voz,

desconhecida, outra,

perde-se dos meus dedos e da possibilidade

de a recolher límpida e inocente no meu colo.


poema da minha amiga Luísa Félix





Comentários

  1. Muito obrigada pela partilha, Mónica!
    Só hoje vi.
    Espero que esteja tudo bem contigo.
    Muito sucesso para o teu livro.
    Beijinho grande :)

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