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O que se passa é

É isto! Tão simples quanto profundo. A natureza, da qual todos nós fazemos parte, é maravilhosa e sempre ali esteve em todo o seu esplendor. Tudo no sítio certo. Nós somos tantas vezes o único elo que se encontra em desalinho. Andamos distraídos ou em guerra uns com os outros. Nem sempre conseguimos ver as coisas certas ou só vemos o que nos apetece. Exclusivamente preocupados com o nosso próprio bem-estar… 

O que se passa é que, muitas vezes, fomos nós que quisemos estar isolados de todo este mundo maravilhoso. Mas, um dia, somos chamados. É exatamente assim. Uma revelação. Um espanto! É como se uma poderosa visão nos assaltasse. Há sempre um momento na vida de cada um de nós em que aparece alguém ou acontece algo que nos faz perceber isto. Uma revelação que vem sob a forma de coisa pequenina, mas que atinge proporções gigantescas. Acontece algo que se revela e logo se escapa. Um pormenor sem a mínima importância – é assim que normalmente surge. Disfarçadamente. E fica ali à nossa espera, à espreita. Fica ali a remoer… insiste, persiste, desestabiliza, muda tudo. E a seguir a essa visão, só temos um caminho, o de saber lidar com essa mudança que se opera em nós, respeitando o que está entrando e o que está saindo. E perceber o milagre. Ter a perceção disto. Escolher o ângulo certo. Com humildade e aceitação. Numa atitude de sincera solidariedade para connosco e para com os outros, como partes deste Universo. 

Ver com olhos de ver. É esta a poderosa visão! Somos convidados a fazer parte dessa Luz. E se essa luz entrar em nós, fica para sempre. E perante esta poderosa visão há que ter coragem porque ela chega com muita força. Reaviva fantasmas. Temos medo. Provoca limpezas generalizadas. Atira com tudo o que está a mais! Nós somos seres idiotas que acumulam, acumulam e acumulam. Tudo e mais alguma coisa. Principalmente, o que não é preciso. E, um dia, é-nos pedido que deitemos quase tudo fora. 

Olhas e percebes. Eu olho e percebo. Há uma correspondência de energias. É a compaixão do Universo. E a vida que achavas ser um enorme definitivo: tudo decidido, delineado. Tudo certo. De repente, vai-se transformando num mar de possibilidades. Trabalha-se, agora, com perguntas pouco sérias porque não há respostas definitivas. Não há uma única resposta para uma pergunta. Há um enchente de possibilidades de resposta. E depois há sempre a exceção à regra, a fuga ao ordinário, os duplos sentidos que impõem diferentes perspetivas. É esta a visão! Deixarmo-nos encantar por este mar de possibilidades e poder escolher!





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