É esta a reinvenção:
a do copo de plástico ou de papel do café
devorado à porta, à pressa e de pé.
num golo sôfrego de brilho baço.
E dás por ti em impávido desembaraço
a engolir o hábito da culpa e do cansaço.
E, nesse fugaz instante,
és obrigado a atravessar a estrada
e a inaugurar um banco do jardim,
aceitando que tudo pode ser recuperado,
mas nada vai voltar a ser como dantes.
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