Pequenos toques como o primeiro esfregar o olho direito ainda de rosto enfiado no travesseiro atirando o esquerdo para o céu para ver o tempo que faz arrebitar o nariz que nem cão farejando o nevoeiro ou simplesmente morder o lábio matreiro que, sedento e húmido, deseja mais um dia por inteiro abrir os braços, insinuando que se atirará por ali fora trincar a tosta, beber o leite devagar, assobiando que nem canário! E salta o chinelo, foge o pijama e expõe o corpo ao manifesto Calça a bota, veste o capote, leva a saca e o farnel com a salada Vai direita e combinada na cisma de que será uma boa jornada E assim se afasta da rotina que cansa e se envolve no dia que a satisfaz E vai leve e sempre com sorte por considerar este dia perfeito! Faz chuva? Bem bom! Faz sol? Ainda melhor! Minudências! É este o único remédio! Viver em regozijo por esta generosidade ostensiva de viver todos os dias estes toques como se fossem os primeiros. Mónica Costa
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.