Avançar para o conteúdo principal

Natal 1


Vai aparecendo o natal devagarinho e choca…Vem camuflado… diluído na hipocrisia social que nos abafa! Não o sentimos verdadeiramente e, no entanto, construímo-lo subtilmente… e vai sendo engolido pela engrenagem económica. Corre o povo à procura do presente ideal!!!! E há sempre um anjinho que, a medo, se aventura a recordar: «Natal é nascimento!» E o povo continua na sua azáfama consumista… e faz de conta que nem ouve. Desmontar a máquina dá trabalho… é lutar contra a corrente. E, por descargo da consciência, desata-se com uma série de campanhas solidárias para os necessitados que são de todo o ano. Porque é este o tempo da fome e da vulnerabilidade!... Não dos que passam fome todo o ano (esses já estão habituados…), mas a vulnerabilidade de quem consegue estar em paz nas suas casas quentes sem pensar nos da rua frios.


Mónica Costa
(pintura de Rafael Sanzio)



Comentários