Entro 
devagar 
na água 
até à cintura
e deixo-me
sentir
em baloiçar
de ondas
a água desce 
e sobe
o corpo
inunda-se 
de balanços
tudo se torna
leve
deixo-me
deslizar
elevo-me a
boiar 
fixo o céu
azul 
e o dia
escorre esplendoroso e suave
do lado direito
uma orla
negra de rochas duras 
como fendas fundas
a água
escorre para lá
se funde e
esbate em mim
saio meio
louca
enrolo-me em
toalha quente 
o sangue
lateja 
lanço âncora 
na areia fina.
Mónica Costa
Comentários
Enviar um comentário