Se retrocedermos no tempo e nos fixarmos naqueles dias em que existíamos enquanto gente com apenas alguns centímetros, facilmente nos lembramos que, com essa altura, não pensávamos em nada de transcendente. Nada esperávamos porque tudo tínhamos de essencial. Vivíamos muito próximos do chão, mesmo pés no chão em contacto direto com a terra, absorvendo a energia mãe que era a prova das coisas que não víamos, mas sentíamos. Os dias não eram compridos nem curtos, eram dias, simplesmente. Os dias não eram bons nem maus, eram só dias à custa de brincadeiras. Nada de transcendental. À medida que os centímetros nos foram acrescentando tamanho, os dias começam a ser contados e sentidos como compridos ou curtos. Na maioria dos casos, tornam-se curtos, demasiadamente curtos para tudo o que se quer fazer do que se vem descobrindo. Deve ser por isso que a noite começa a ganhar, nesta altura de narrativa, um fascínio peculiar porque acrescenta minutos ao dia, esperando-os compridos. E quem fala e
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.