Era o dia ainda uma criança
balbuciando frágil nos arbustos.
Um rumor de ramos que agiganta
os passos que nos guiam mesmo a custo.
Foi então que a manhã ganhou em atitude
desvendando-se em luz pelo meio-dia.
Ganhou toda a praia teus gestos de espuma e alegria
e, subitamente, ferveu a tarde em juventude.
No final, rendeu-se o azul em cansaço
e, de beiço caído, se adivinha já o sol-posto.
Está o dia por um fio e treme a verdade
os últimos raios tombando-nos leves e lassos.
Não tarda nada ficará velho este dia
trará a noite o tamanho e o gosto da eternidade.
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