Avançar para o conteúdo principal

36930

Era o dia ainda uma criança

balbuciando frágil nos arbustos.


Um rumor de ramos que agiganta

os passos que nos guiam mesmo a custo.


Foi então que a manhã ganhou em atitude

desvendando-se em luz pelo meio-dia.


Ganhou toda a praia teus gestos de espuma e alegria

e, subitamente, ferveu a tarde em juventude.


No final, rendeu-se o azul em cansaço

e, de beiço caído, se adivinha já o sol-posto.


Está o dia por um fio e treme a verdade

os últimos raios tombando-nos leves e lassos.


Não tarda nada ficará velho este dia

trará a noite o tamanho e o gosto da eternidade.







Comentários