Encontrei uma árvore à solta, envolvi-a. Algures no seu tronco, apareceu escrito «Não estou perdida e vim parar às tuas mãos para que me olhes e me compreendas». É este o espírito da cadeia que é também um desafio para quem o quiser acolher.
E alguém disse:
- Apresento aqui a minha perspetiva – a da dança, como sempre!
Era apenas uma árvore, mas de uma beleza extraordinária e singular.
Estava ali... do outro lado da janela, lá fora. E eu, num ápice de movimentos impulsionados, fiquei a olhar para ela. Vislumbrei-a!
Tinha histórias nos seus ramos e folhagens verdes. Era tempo, eras e dinastias sem fim. Contou-me segredos.
E dançou suavemente ao sabor e ritmo do vento. E eu, apenas imaginei e divaguei naquela fração de tempo.
Desejei escrever. A folha branca de linhas e a minha caneta dançaram. Senti o prazer da escrita e tive vontade de não mais parar.
Desejei e sonhei ser POETA!
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