Avançar para o conteúdo principal

e eu, num ápice de movimentos impulsionados

Encontrei uma árvore à solta, envolvi-a. Algures no seu tronco, apareceu escrito «Não estou perdida e vim parar às tuas mãos para que me olhes e me compreendas». É este o espírito da cadeia que é também um desafio para quem o quiser acolher. 

E alguém disse: 

- Apresento aqui a minha perspetiva – a da dança, como sempre!


Era apenas uma árvore, mas de uma beleza extraordinária e singular.

Estava ali... do outro lado da janela, lá fora. E eu, num ápice de movimentos impulsionados, fiquei a olhar para ela. Vislumbrei-a!

Tinha histórias nos seus ramos e folhagens verdes. Era tempo, eras e dinastias sem fim. Contou-me segredos.

E dançou suavemente ao sabor e ritmo do vento. E eu, apenas imaginei e divaguei naquela fração de tempo.

Desejei escrever. A folha branca de linhas e a minha caneta dançaram. Senti o prazer da escrita e tive vontade de não mais parar.

Desejei e sonhei ser POETA!


(foto e texto de Carla Tavares)




Comentários