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Mensagens

sorriso brando

É um «Gosto de ti!» Leve, ternurento, fácil de sentir, fácil de entrar e de pronunciar.  Um Gosto de ti! Assim simplesmente! É teimosia inocente  é o puro instante, é dar sem pretender receber.  Gostar de ti é o mesmo que querer dizer  que há coisas em ti que, em mim, não existem e que só são bonitas em ti e eu gosto, simplesmente.  Não quero que elas passem para mim, são tuas e eu aprecio-as, em ti, com orgulho.  Gostar de ti é saber exprimir a gratidão de transportares algo que me suaviza e me motiva para ser melhor.  Gostar de ti é gostar de mim nos meus pontos mais obscuros.  Gostar de ti é sorriso brando, complacente, cúmplice.  Gostar de ti é saber que estás sempre aí.  Gostar de ti é não te querer. Gostar de ti é compreender os teus silêncios e saber que, por vezes, nos lugares onde nos encontramos, é noite escura.  Gostar de ti é compreender as tuas palavras e saber que, muitas vezes, nos lugares onde nos encontramos, é manhã clara. Gostar de ti é não fingir que está tudo bem!

sinais dos tempos

 É esta a reinvenção: a do copo de plástico ou de papel do café devorado à porta, à pressa e de pé. num golo sôfrego de brilho baço. E dás por ti em impávido desembaraço a engolir o hábito da culpa e do cansaço. E, nesse fugaz instante, és obrigado a atravessar a estrada e a inaugurar um banco do jardim, aceitando que tudo pode ser recuperado, mas nada vai voltar a ser como dantes.

escrever à mão

 

me vou pondo a jeito em modo avental

 E nem uma mosca se ouvia… Uma tarde que foi pesando devagarinho à medida que se ía limpando e passando o lustre nos móveis Já há cerca de um mês  que andava tremendamente  ocupada com outros assuntos  que não os das panelas e vassouras mas, à medida que o tempo passa, vai-se acumulando em camadas implacáveis um pó fininho  uma voz silenciosa que esse pó pressupõe… e, agora, estas mãos tão cruelmente desenvoltas tiveram de se deter na destruição dessas camadas  E é assim que, de espanador na mão, e aproveitando a modorra da tarde,  me vou pondo a jeito em modo avental no mais fundo de mim. (desenho em mancha direta com guache, de Rita Constante - 2019)

Há certos avisos que têm um poder intimidante

Há certos avisos que têm um poder intimidante porque são potencialmente perigosos E, às vezes, é preciso apimentar o perigo com um pouco de literatura… E este aviso, em especial, deu vontade de conhecer o cão. Aposto que deve ser um animal com personalidade!

E há sempre alguém

E há sempre alguém que aparece  para nos fazer acreditar que a Vida não é só isto que vemos com olhos apagados! Há sempre alguém no meio de milhões que nos lembra que «a pujante peça continua e podes continuar com um verso.»

Viver é uma paixão

Uma abordagem musical: É bom estar vivo! E não deve ser tão complicado assim Eu ando em busca dessa simplicidade.

Frágil

Quem tem mais? Quem ganhou? Quem perdeu? Quantos sobram? Estão proibidos? Não rezam?  Não estão juntos? Andam vazios? Andam fartos? Foi adiado?  Está tudo fechado? São felizes? Quem os ataca? Quem é o mais forte? É o silêncio?  É o invisível? Não é quem??! Então, é o quê?!! Única resposta possível - Frágil! 

e só depois a vida

Tendo em conta uma certa propensão para a desgraça que é das poucas certezas que temos na vida acreditarmos que temos a tragédia como amiga faz de nós uns seres realizados e iluminados porque se nós pensarmos (que é coisa que não sabemos fazer) até nos espantamos como a desgraça vira sempre a nosso favor porque, por vezes, a morte surge primeiro e só depois a vida.