Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

sente cada passada como tua

Uma criança na rua. Um adulto perto dela.  A criança ainda não domina a caminhada.  Mas já a sente como sua.  A cada passada, uma conquista.  Em cada tombo, um recomeço. Vai feliz. Caminha desenfreada.  O adulto adverte. O adulto aconselha. O adulto empacienta-se.  Ele que caminha tão seguro pelo freio.  Faz um esforço para acompanhar esta jornada encantada.  Faz como a criança na rua.  Vai com o vento.  Escolhe a tua melhor versão.  Sai à rua.  Sente cada passada como tua!!

nada se perde, tudo se transforma

 Tal como a mudança do dia para a noite Assim eu Tal como a passagem do inverno para a primavera Assim eu A folha cai e volta resplandecente Assim eu Porque Nada se perde, tudo se transforma

Não te precipites! Para que tenhamos um verão maravilhoso!!!

- Posso almoçar ou jantar fora na próxima semana? – Não. A venda de refeições continuará a ser feita ao postigo. Além da recolha à porta, pode ainda pedir uma entrega em casa. – E tomar café na rua? – Sim. A partir de segunda-feira, volta a ser permitida a venda de bebidas ao postigo, incluindo café, refrigerantes ou uma simples garrafa de água. Ainda assim, procure manter todas as distâncias de segurança na hora de consumir, evitando aglomerações.PUB – Posso comprar uma garrafa de vinho ao postigo? – Sim, pode. Terá é de fazê-lo antes das 20h00, porque a partir dessa hora ainda será proibida a venda de álcool em qualquer espaço. – Quando vou poder comer fora pela primeira vez? – A 5 de abril. Nesse dia reabrem as esplanadas de cafés, restaurantes e pastelarias. Só pode haver quatro pessoas por mesa. O serviço termina às 21h00 durante a semana e às 13h00 nos fins de semana.  - E se quiser comer no interior do restaurante? – Aí tem de esperar até 19 de abril: será possível ter mesas de

um caldo tão verde

Eu sei quando é um poema e quando é menos do que isso. Sei que, na maioria das vezes não escrevo poemas. É muito mais do que isso. Neste caso, é poucochinho. E, na maioria das vezes, basta pouco, poucochinho para alegrar uma existência singela. Como um caldo verde verdinho, típico do Minho, a fumegar na tigela (tão bem cantado por Amália Rodrigues). E foi isto que despertou a minha atenção para uma notícia, noutro dia, que li de sorriso nos lábios. E isso é muito mais do que isto que agora converto em poema sem a estrutura como espartilho. Este caldo considerado uma das melhores sopas do mundo! E diga-se que esta couve (tão bem elogiada por José Saramago em A Bagagem do Viajante) assim cortada fininha a fundir-se com as batatas e os alhos esmagados mais as cebolas descascadas em camadas compõem um senhor Caldo tão Verde a quem eu própria atribuo três estrelas Michelin, mesmo que em qualquer café modesto, mesmo que numa qualquer esquina deste nosso Portugal, mesmo que em dia de chuva lo

O de apreciar sem mais demoras as pequenas maravilhas do que virá

 Já tão fartos de bocas fechadas de sorrisos escondidos de olhos que são lábios da interrupção de corpos em comunhão dos desejos controlados da vulnerabilidade dos abraços Já tão fartos! Este foi o tempo dum respirar que foi acidente tempo em que passar o testemunho foi dádiva tão inconveniente. Agora é tempo de lamber o sal do corpo que ainda ficou do último verão. Agora é tempo de atirar com o calendário pois já os dias não são o que são. Agora é tempo de saudades de quase tudo. E já tão bichos enclausurados à espera da primeira aberta da manhã, somos mãos abertas para o que aqui está. Agora é o tempo, é o tempo da esperança. Não do verbo esperar, mas do verbo escolher. O agora é tempo de beleza rara. O de apreciar sem mais demoras as pequenas maravilhas do que virá. Não desperdices!

luz contra luz

 Esta manhã qual ponto de luz Assoma à minha janela e seduz Vem pezinhos descalços em assobio em silêncio… E como é difícil este processo - o do silêncio e o da luz – principalmente quando o corpo que o recebe é morada do fogo! E como é belo este processo - o da luz contra luz – 

futuro.

 Embora isto seja já passado  o que acabei de escrever nesta linha que fique devidamente registado  como recado para o futuro que não queremos mais olhar para trás  porque para a frente é o caminho! Como disse alguém - «Já chega!» devemos é ser um ponto cego que se lança (apesar dos olhos bem abertos)  na goela escancarada do futuro!

a grande alegria de viver

E, naquela noite quente,  sentada no meio do chão quente,  aquele bocadinho soube à grande alegria das coisas pequenas e boas que sabem a quase tudo