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Sabes o que faço com a ternura que nutri por ti?

Sabes o que faço com a ternura que nutri por ti?

Rego as plantas, aprecio as flores

de todos os tamanhos, de todas as cores

Adoro a chuva e o vento

Ergo o rosto ao sol e fecho os olhos

Sigo caminhando senhor do tempo

Tão cheio de alma minha e tua

E «para que tu me ouças

as minhas palavras

adelgaçam-se por vezes

como o rasto das gaivotas sobre as praias»


 (perseguindo Pablo Neruda em canção desesperada)






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