Têm sido desafiantes estes últimos meses que se me oferece a vida. Uma mãe. Uma pessoa que tem de lidar com o facto de se achar na sua mais absoluta individualidade. Uma boa mãe nunca é individual, não sabe o que é um. Mãe que é mãe pensa por três ou quatro e nunca pensa em si primeiro. Um dia, repara que os seus amores cresceram e partiram. E cresceram tanto que ganharam terreno, vontade, horários próprios, caminhos que não desvendam. Pegaram na tesoura e trás!, obreiros implacáveis do corte radical do cordão. Afinal, havia egoísmo em todos estes anos e a mãe deixou de ser a figura principal das suas vidas. E este facto é dura constatação. É então que passa a ser uma, outra vez. Uma só. Olha para si. Tem de pensar rápido. Não há vítimas, não há heróis. Há uma pessoa que já há tanto tempo que não olhava para si própria. Não há grupo, já não é cozinheira ou enfermeira, não é a educadora ou taxista, já não precisa de se desdobrar. Tem todo o tempo do mundo. E está ...
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.