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Instituo, por decreto íntimo, Setembro como o mês das despedidas

Despede-se o Verão

com os seus dias de ócio e de calor.


Despede-se da cepa que lhe deu vida

e acolheu o cacho farto de uva.


Despedem-se de ti o meu olhar,

as minhas mãos, todo o meu corpo

e, com pontual solidariedade, a alma.


Recolho as mãos, dispensadas do ofício

da ternura.

Cubro, de novo, o coração

para os dias frios que o esperam.


Instituo, por decreto íntimo,

Setembro como o mês das despedidas.



Texto de Luísa Félix






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