Despede-se o Verão
com os seus dias de ócio e de calor.
Despede-se da cepa que lhe deu vida
e acolheu o cacho farto de uva.
Despedem-se de ti o meu olhar,
as minhas mãos, todo o meu corpo
e, com pontual solidariedade, a alma.
Recolho as mãos, dispensadas do ofício
da ternura.
Cubro, de novo, o coração
para os dias frios que o esperam.
Instituo, por decreto íntimo,
Setembro como o mês das despedidas.
Texto de Luísa Félix
Obrigada por partilhares, Mónica. Beijinhos
ResponderEliminarestou à espera de um livro teu.
Eliminar