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Ai, as meninas!

 As meninas que escrevem versos.

Não as queiras!

Só pensam, só pensam…

Marulham em lutas e espantos!

São donas de um olhar radioso!

Bebem-te os gestos, destilam magias!

E decifram bem demais

os que recebem muito

mas dão pouco…


Ai, as meninas que escrevem versos!

Não as entende ninguém!

Quantas vezes dando à costa!

Quantas vezes preferindo o além!

Quantas vezes serpente, quantas ave!

Quantas vezes glórias inúteis, quantas vezes vontade!


(As meninas, Diego Velásquez)







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