decidiu o meu corpo dar ordens de ataque e sou ninho evoluindo por entre ácidos são pedaços e pedaços minúsculos boiando regozijando-se em líquidos enredados uma azia, um friozinho, uma agonia no estômago que vai crescendo sou eu e eu degladiando-se em excessos e embaraços embrulharam-se-me as palavras que surgem em emaranho e sobem trilhando o caminho inverso de baixo para cima empurram-nas os movimentos peristálticos e ganham forma e surgem em bocejos, arrotos e outros gemidos internos, sílabas, bocados de verbos que se vão constituindo em fonemas cada vez mais intrincados a garganta e a língua à mistura já nem respondem são palavras que se desmastigam e me avisam que o melhor será ficar calada e aprender a respeitar as minhas entranhas
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.