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tão triste quanto isto

É urgente a assunção!

E com tal zelo nos assumirmos finalmente.

Não tem nada que saber:

este planeta não é nosso

e deviamos saber estar nele.


Como em casa alugada,

podemos dispor a nosso gosto

mobílias e bibelôs,

mas nunca devíamos ter espetado o prego na parede

que o senhorio não deixava…


É urgente a assunção!

E com tal zelo assumirmos finalmente.

E nada vale agora dramatizar:

Qualquer dia, muito em breve,

deixaremos de poder pagar a renda

e seremos despejados.


Tão triste quanto isto.


(este texto foi adaptado a partir de um poema de A. M. Pires de Cabral, que já conhecia há alguns anos e cuja ideia eu achei particularmente interessante e muito adequada ao triste cenário com que me deparei numa das praias que costumo frequentar… é uma tristeza ver a quantidade de máscaras que proliferam nos areais!!!!)









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