Um ventozinho que mata e valentes remadores.
(Assim cantarolam os outros e advertem).
Pois mata, mata!
(Mas se soubesse o que sei hoje…
ter-lhe-ia dado permissão para me despentear mais vezes).
Porque este meu vento é vento do norte!
Não é «inho». É «ão». É furacão. É vento com pêlo na venta.
Não é arzinho que se me dá, nem é vento de feição.
Não tem cabeça nem pé de vento.
Não é ventania nem brisa suave e muito menos vendaval.
Não é andar contra o vento. É gostar de o sofrer!
É vento do norte. É nortada!
Não é ir de vento em popa. É vento que me leva por aí.
É vento que conhece tão bem o meu lugar
e me ata a cada lugar teu e gosta de o saber.
Comentários
Enviar um comentário