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verso primeiro

Não há verso como o primeiro – o da infância. Um dia de verão pelas sete da manhã e a promessa de chegar à praia o mais brevemente possível. Um carro que anda devagar demais e uma estrada tão longa que deixa qualquer um na loucura. E vai veloz! Mas, mesmo assim, é tal a ansiedade e a felicidade de chegar que parece nunca mais se efetiva aquele encontro mágico… Está o balde preparado, o fato de banho por baixo da roupa a pedir que se largue a camisola, está o carro já a cheirar a maresia. E salta a criança no banco!

Abre-se a janela do carro à chegada e aspira-se todo aquele ar que é vida para dentro da gente!

E é este o verso primeiro – o de sermos capazes de efetivar encontros mágicos!

(foto de Sergio Larraín)






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