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A bem da cultura

Transmitir cultura e beleza aos nossos jovens é, por exemplo, apostar em estações de caminhos de ferro recuperadas. E não digo, destruir tudo e compor edifícios em betão. Digo, manter a traça original, restaurar, dar brilho. Quem anda de comboio (como eu), vê muitos jovens que entram e saem. Conhecem as estações e os apeadeiros. 
Ontem, tive a oportunidade de apreciar com pormenor a Estação da Granja (Espinho). Maravilhosa a linha de Aveiro! E esta estação em particular é encantadora. Pequenina, humilde e bela. Esquecida… Azulejos de um azul fantástico, todos deteorados! Rachadelas nas paredes! Tijolos de um laranja magnífico prestes a sair das paredes! Esta estação chora por todos os lados! E, no entanto, mesmo no meio de todo este desmazelo, reina a Beleza! E a cultura! Pinturas fantásticas em azulejos alusivas a várias partes do nosso país! Um passadiço mal engendrado que vai dar a uma praia deliciosa! À volta da estação abundam casas aristocráticas, algumas em ruínas, mas a maioria em ótimo estado e habitáveis (provavelmente por gente rica em dinheiro). 
Será que não há ninguém por ali, rico em dinheiro, que possa deitar a mão a esta estação que pode ser alvo de recuperação? A bem da cultura?





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