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Mensagens

de uma vírgula mal colocada

Um dia, O perigo da expressão inacabada de uma vírgula mal colocada talvez Um dia,  quando os oceanos permitirem, ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

apreciar as coisas simples que te são dadas

Outono é sentir, de nariz orvalhado, o primeiro arrepio da manhã. É aprender a receber as nuvens de sorriso nos lábios. Outono é sentir a chuva. É praia com nevoeiro. É sentir a gola do casaco a subir. Outono é sentir o cheiro a castanhas assadas no largo da cidade. Outono é reparar na natureza a explodir de cor.  O outono pede-te um chá quentinho. Outono é sentir o teu calor. É saborear a compota de abóbora em pão de nozes. É ver um filme em família. É pijama fofinho.  É conversa morna à lareira. É usufruir do sofá. É estar por querer estar. É sentirmo-nos abençoados. O outono é mais uma oportunidade para apreciar as coisas simples que te são dadas.

E eu nem gosto de gatos. E os ratos são astutos.

As árvores. Frondosas. Vigorosas. Espreguiçam-se em sombra pelos passeios sentam-se nos bancos  mesmo por cima das pessoas esticam-se em braços fininhos já sem folha, já só galho já sem fruto, já nem flor São apenas frondosas. Aparentam vigor. E já tudo aconteceu uma e outra vez uma e outra vez cenas repetidas mil vezes E não gosto nada de assistir à mesma cena vezes sem conta como se fosse sempre a primeira vez simulando cara de espanto  perante jogo tão intrincado já nem gato, já nem rato E eu nem gosto de gatos. E os ratos são astutos.

bailemos juntos: areias e vento, rocha e mar!

Ó rocha dura e crua mas eu como tu, mar intenso! Ó areias tão finas e cruéis  como se envaidecem ao sabor do vento! Junta-te, ó vento imponente e cruel  intento de ar e pó! Façam-me onda gigante em desalinho E assim, indiferente, às areias no ar e já refeito neste mundo de rochas cruéis bailemos juntos: areias e vento, rocha e mar!

grão de areia

Vai deixando a tua marca devagarinho sem grandes alardes  Vais andando cada dia mais um bocadinho como quem compõe  o seu tesouro cada passo empreendido cada sorriso distribuído  pelos lugares onde fores é um pedacinho teu que engrandece quem o recebe  é testemunho que passas Vai deixando a tua marca devagarinho sem grandes alardes

wild blue

a alegria quase infantil a ansiedade do « É agora?»  o que de mais secreto carregamos e tão forte e sincero guardamos  que se transforma corajosamente finalmente em concretizações evidentes.

simples e bom

o dia em si limpo delicado acolho-o assim simples e bom escolho-o penso-te pensas-me limpos como este dia simples, mas bom E pensarmo-nos neste dia é a nossa salvação.

luz

que o medo em luz que a guerra em paz se faça que cada noite em manhã aconteça que a pedra em flor e o silêncio em grito nunca de dor que a espada em mão desejo loucura união que o eu em nós desfaça a solidão