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É a loucura! Já estão todos em plena confraternização!!!

Partilho convosco um momento único de cumplicidade entre mim, as panelas e os respetivos ingredientes que são as personagens desta receita. Embora não goste muito de cozinhar nem de comer (e cada vez menos…), há alturas que justificam uns minutinhos na cozinha. São razões de ordem afetiva e que têm quase sempre a ver com os meus entes queridos e com a vontade de lhes proporcionar momentos de fofura e conversa doce. Ora aqui vai todo o processo… (se tiverem paciência para ler esta estranha receita de bolo de maçã com canela… ) Portanto, e em primeiro lugar, há que ver se têm em casa uns ovitos (4), a tradicional farinha (100 gramas), o açúcar (pouco, para mim, 80 gramas, mas para os mais gulosos, 150 gramas), 1 copito de leite, 1 colher de sopa de manteiga, uns pozinhos mágicos de essência de baunilha e mais 1 colherinha do famoso fermento, 1 limão, umas 4 maçãs e, claro, muuuuuita canela! Com todo este arsenal à vossa frente, o mais natural é desistirem imediatamente, mas tenham calma,

Conheço bem este retrato

Conheço bem este retrato colocado ao centro do móvel conheço bem quem lá está sei quem fotografou e em que dia sei que o sorriso não foi só para a fotografia conheço bem cada degrau da escada que me subo conheço bem a que porta devo bater

escapar ao seu círculo em vertigem

Já há muitos anos visitei uma exposição no Museu de Serralves e, a certa altura, bem no centro da sala de exposições um quadro gigante com meia dúzia de traços atirados para uma tela branca. A minha ignorante visão deu para questionar o porquê de uma obra, aparentemente tão insignificante, figurar ali como o centro do evento.  O guia, de forma assertiva, explicou algo que não compreendi efetivamente. Ali estava o trabalho de alguém experiente que usava a técnica da garatuja descontrolada. Traços que um desprendimento infantil consegue alcançar, mas que a mão de um artista experiente se vê em trabalhos extenuantes para os conseguir registar. Conseguir tais traços tão libertos de expetativas e desejos é admitir que parou o movimento, que se conseguiu escapar ao seu círculo em vertigem. O resultado parece ser um trabalho simples, no entanto, encerra todo um processo dos mais difíceis de toda uma vida. Agora que se aprendeu é preciso desaprender. É preciso pararmos em nós próprios, estarmo

onde estás?

 Fui fraco por ser forte. (projeto interessante de Miguel Gizzas)

melão e melancia

Já pouco peço nesta vida que não seja a paz e a alegria de me encontrar com alguém que goste de mim também E é quando estás assim a sós comigo que sinto como é bom este momento em que os meus olhos são o teu abrigo e os teus gestos são o meu alento

aguenta, coração

 Agora que já se faz tarde descansa Mona Lisa!  Pode ser que terça surja mais harmoniosa e pronta para a arte...

damos um passo ao lado

Tem momentos da nossa vida em que estamos como um hamster numa roda giratória em que corremos, lutamos, esforçamo-nos e não saímos do mesmo lugar. Cansamo-nos, irritamo-nos, desesperamos e por mais que tentemos correr mais rápido, não conseguimos sair do mesmo lugar. A solução está ali ao lado, mas não a vemos. E não é fácil, mas é imperativo que abrandemos, mudemos de ciclo mental até à roda parar de girar. Aí, damos um passo ao lado, e veremos todo um mundo incrível que a roda em movimento nos impedia de ver. Este passo ao lado não é um ponto final, mas sim, o início de um bonito caminho por descobrir.  Abrandar, dar o passo ao lado, e ver o que a vida tem para nos mostrar.  Gustavo Carona

tempo das coisas simples em abundância

Verão é levantar cedo com vontade de cheirar a rua. É receber a luz de sorriso nos lábios. É tomar café descansada. Verão é gelados. É chinelo ou pé descalço. É andar de roupa folgada e cabelo em tótó. Verão é cair no mar e rolar na areia. É transbordar. É saborear o petisco do senhor José. É trincar o pêssego no final da tarde. É ver o pôr do sol com mantinha. É piquenique. É conversa pegada. Verão é esplanada. É ficar cá fora até mais tarde. É virar o relógio ao contrário. É ouvir música acompanhada. É estar por querer estar. É conseguir dormir destapada de janela escancarada para deixar as estrelas entrar. Verão é tempo das coisas simples em abundância.

saudei o sol

porque não sou nem estou sozinha só fico às vezes faço-me companhia