Afastemos o sono, pois os raios de sol nos erguem, apesar de ainda fracos e esbranquiçados à medida que um dos nossos olhos se abre para o mundo. Na cama, em pleno reino dos lençóis, no interior de nós, flui o som da água que já se agita. Envolvemo-nos em preguiça e enrolamo-nos nos panos ainda quentes. As bocas se abrem num sopro de vida, o corpo estica-se e cada bocejo de ar é sensível aos sons do dia que começa: os ligeiros pássaros que piam, o carro longínquo que roda, os passos apressados de quem passa, o bater de uma porta, as folhas das árvores que balançam. E um e outro olho abrem as cortinas para a luz. Pela íris, passam os verdes da janela e pelas narinas sobe o ar fresco da manhã com a promessa de futuro. E é assim que penetramos terra adentro todos os dias. Haja sempre um bom acordar! Mónica Costa ( produção artística de Lurdes Pereira)
Algo que interessa ou não... Não sou única nem diferente... Gosto de desanuviar e, quem quiser desanuviar comigo, é bem vindo.