Em qualquer casa há uma cadeira. Ou um sofá. Perigosíssimo.
Sentar durante muito tempo cria cova. E quanto mais tempo se lhe dá assento, mais o rabo arredonda a cova e, um dia, buraco.
É preciso fazer da ira ou da impaciência (ou tão só do deambular e instantânea vontade do ir) o mote para não estar quieto. Os dadaístas defendiam um único momento na cadeira «significa pôr a vida em perigo» (li algures). Há que andar. Nem que seja em círculos à volta da cadeira. E a música é um bom aliado que dá que fazer à perna e ao braço. Faz reagir. E quanto mais alegre a tónica, mais se abana o capacete. Portanto, pega na sacola e gira.
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